“Estamos passando por um período transitório, em que parece que algo está saindo de cena, e algo mais está dolorosamente nascendo” Vaclav Hawel,presidente da Tchecoslováquia.
É como se alguma coisa estivesse estragando e se cansando demais, e alguma outra coisa não-distinta estivesse aparecendo de tudo isso. Ambas essas coisas estão acontecendo ao mesmo tempo, e o que é mais interessante. Nós temos uma escolha: podemos olhar apenas para a coisa que está se desmanchando, ou para a coisa que está nascendo.
Nós já temos um tempo definido na televisão e no rádio, também temos nossas próprias impressões sobre a mídia, então precisamos definir qual será nosso objetivo, o que nós vamos abordar.
Nós vamos ver exclusivamente o mundo que está desmoronando, ou nós vamos colocar nossas luzes nesse novo mundo que está se estabelecendo na própria mídia?
Este é o poder da mídia, que pode colocar os refletores onde lhe interessa. Muitos não estão familiarizados com o projeto Imagens e Vozes da Esperança. Isso se traduz num diálogo mundial com a mídia, que começou em junho de 99, na cidade de Nova Iorque, com 200 pessoas da mídia,e tem acontecido desde então, e já foi aberto em mais 20 cidades espalhadas pelos EUA, Canadá, Reino Unido, África do Sul, Chile, Polônia, Brasil. Eu, fui a primeira brasileira a aderir ao projeto e estou nele desde então.
Partindo deste princípio, a seguir nestas páginas, utilizarei a força da mídia positiva e interativa que é revolucionária no mundo. Já adotada por grandes corporações como Coca-cola, Microsoft entre outras.
Será que não seria possível criar mais força na sociedade levando imagens emocionais POSITIVAS à sociedade? Quando nós produzimos a alegria nas pessoas, produzimos o bem-estar.
As emoções negativas diminuem nosso repertório, as ações positivas aumentam o repertório dessa doação-pensamento. Existe um reservatório ou um portfólio de emoções que é menor quando temos emoções negativas, e maior com as positivas.
O que acontece com suas ações e pensamentos positivos? Você fica mais inteligente quando tem essas emoções.
A luz é a chave para o intelecto e quando estamos leves, estamos mais inteligentes. Nosso repertório de pensamentos e ações é maior.
Emoções positivas criam mais adaptabilidade e flexibilidade.
As emoções são temporárias, mas a força é duradoura.
Nós podemos ter um sentimento rápido de felicidade, mas aquilo fica durante muito tempo, é durável.
As emoções positivas literalmente transformam as pessoas.
Nós podemos construir uma capacidade de autotransformação e nos tornamos mais resistentes e adaptáveis.
A mídia, a comunicação, o marketing consciente, a venda sustentável podem ser agentes beneficiadores para o mundo.
*DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL é um conceito que busca conciliar as necessidades econômicas, sociais e ambientais sem comprometer o futuro de quaisquer dessas demandas. Como impulsor da inovação, de novas tecnologias e da abertura de novos mercados, o desenvolvimento sustentável fortalece o modelo empresarial atual baseado em ambiente de competitividade global.
Na primeira semana de 2007, o poderoso executivo que pilotava uma empresa gigantesca com faturamento anual de US$ 81,5 bilhões perdeu o emprego. Seu nome é Robert Nardelli e o cargo que ocupava era o de CEO da Home Depot, maior empresa do mundo na venda de materiais e produtos para o lar, proprietária de 2.104 lojas que empregam 355 mil pessoas. A razão da demissão do executivo: seus altos salários e benefícios (US$ 245 milhões em cinco anos) em contraste com o tímido desempenho das ações da companhia, fatos que fermentaram a irritação dos acionistas que o derrubaram.
O caso da Home Depot ilustra o cenário corporativo que exige das empresas, de forma crescente, harmonia e equilíbrio entre resultados econômicos e posturas responsáveis do ponto de vista ambiental e social - o tripé de compromissos que traduz o conceito da sustentabilidade e pressupõe ainda o exercício da ética nos negócios e a adoção de princípios de governança corporativa. Agora mais moderna .
A essência do que é entendido como sustentabilidade movimentou o setor financeiro no ano passado. Instituições americanas como o Citigroup e Goldman Sachs, suíças como Crédit Suisse e Swiss Re e inglesas como HSBC e Barclays ampliaram a análise de fatores ligados ao aquecimento global em suas políticas de empréstimos, investimentos e estratégias de negócios de forma geral. A Goldman Sachs está colocando US$ 1 bilhão em investimentos voltados para energia limpa. Citigroup, JP Morgan Chase e Morgan Stanley têm publicado análises relativas à performance financeira do mercado de crédito de carbono.
Investidores institucionais também colocaram na tela de seus radares novas variáveis. Carbon Disclosure Project é uma coalizão de investidores institucionais de todo o mundo que têm sob sua responsabilidade a gestão de portfólios que somam estratosféricos US$ 31,5 trilhões. Respaldada por esse alto cacife, a organização tem pressionado grandes empresas a tornar transparentes riscos e oportunidades de suas atividades relacionadas às mudanças do clima no planeta.
Atentas aos reclamos e pressões de alguns grupos de stakeholders, empresas de tecnologia como Dell, HP e Apple aceleram seus programas destinados a construir equipamentos dotados de componentes ambientalmente mais adequados, que consumem menos energia e podem, ao final de sua vida útil, ser reciclados. A Intel, que utiliza na fabricação de seus processadores elementos químicos que impactam a atmosfera, prevê reduzir essas emissões em 10% até 2010 comparativamente às emissões que realizava em 1995.
Mas as empresas, na verdade, são cada vez mais as pessoas que as compõem. Por isso, cabe aos executivos em posição de liderança decifrar os enigmas do atual quadro de mudanças do universo corporativo para que não sejam devorados no processo como Robert Nardelli, ex-todo-poderoso da Home Depot.
Deslizes corporativos são cada vez mais ameaçadores. Aniquilam reputações, derrubam o valor das ações, traem a confiança de consumidores e parceiros de negócios. Empresas e executivos são agora julgados pelo que realmente fazem e não pelo que freqüentemente prometem.