26 de janeiro de 2012

No mundo corporativo ou na luta diária da vida, a divisão por espécie acontece com outro nome.

Pense nisso: e se os Neandertais, que deixaram de existir apenas 28 mil anos atrás, não tivessem sido extintos e vivessem nessa mesma Terra?
Ou se, durante todos estes milênios que os humanos têm evoluído, uma criatura sem relação conosco tivesse evoluído mais, cognitiva e tecnologicamente?
Confira ainda outro cenário: o que aconteceria se os seres humanos se dividissem em duas espécies distintas – os gangsters originais (nós), e um outro ramo de sucesso evolutivo?
Essas são todas histórias perfeitamente possíveis que teriam resultado em duas espécies avançadas de terráqueos convivendo lado a lado hoje.
Nada disso aconteceu, mas poderia ter acontecido. E se tivesse acontecido? Iríamos dividir o pão com os nossos coabitantes da Terra, ou travaríamos uma batalha por ele?
“Neste mundo hipotético, haveria três possíveis relações entre os humanos e os ‘outros’”, disse William Harcourt-Smith, um paleontólogo do Museu Americano de História Natural.
O mais provável é que a competição por recursos iria levar a lutas constantes. “Dado o conhecimento de como os humanos se comportam dentro de suas espécies – infindáveis conflitos intertribais e guerras que, infelizmente, se arrastam há muitos milhares de anos – acho que sempre que os recursos se tornassem um problema, ou ideologias concorrentes se tornassem um problema, haveria um conflito”, explicou Harcourt-Smith.
Se uma das espécies fosse um pouco mais inteligente, mais forte ou desenvolvesse uma tecnologia melhor, a primeira acabaria por dizimar a última, uma reminiscência de seres humanos contra Neandertais.
Outra opção é, depois de dezenas de milhares de anos de confrontos entre seres humanos e “outros”, ninguém sai por cima, e as duas espécies caem gradualmente em direção ao equilíbrio, seja por preenchimento de regiões geograficamente separadas do globo, ou adaptando-se para precisarem de diferentes recursos.
Os outros podem desenvolver um apetite somente por peixes, por exemplo, enquanto seres humanos poderiam se especializar na criação de animais.
Em qualquer dos casos – se vivêssemos em diferentes regiões ou utilizássemos diferentes recursos – humanos e outros teriam desenvolvido sistemas culturais ensinados a evitar um ao outro.
Isso é o que outras espécies fazem sob as mesmas circunstâncias. “Se não há competição, as espécies simplesmente ignoram uma a outra”, disse ele. “Dois macacos que vivem na mesma árvore, por exemplo, se não estiverem indo atrás dos mesmos recursos, não interagem”.
E como esses “outros” seriam?
Como qualquer coisa, afinal, outra espécie poderia ter evoluído dos macacos, elefantes, golfinhos e outras criaturas, mas
Harcourt-Smith acredita que há três características que os “outros” definitivamente precisariam a fim de ser tecnologicamente avançados.
“Primeiro, você precisa de habilidades cognitivas que lhe permitam construir coisas. Você deve ter planejamento e ser capaz de pensar fora do espaço e tempo em um sentido abstrato, a fim de criar esse objeto”, disse.
Em segundo lugar, eles precisariam de uma forma de manipular objetos, com grande força e com grande fineza.
Nós administramos tudo com as mãos – estruturas surpreendentes que podem segurar objetos, executar tarefas que exigem grande delicadeza e destreza, etc. “Imagine que, em outra criatura, seus pés poderiam desenvolver essas habilidades incríveis, ou as suas línguas”, conta.
Por último, a transmissão cultural é essencial. É extraordinariamente raro encontrar um único ser humano que sabe como construir um computador a partir do zero, por exemplo.
Ao invés de reinventar a roda, os seres humanos passam conhecimento de uma geração para a seguinte. Temos também especialização do trabalho nas nossas sociedades, para fazê-lo funcionar mais eficientemente.
Para uma sociedade não humana alcançar progresso tecnológico similar, eles também necessitam de alguma forma sofisticada de comunicação.
Há mais um cenário que deve ser considerado: um outro grupo de terráqueos altamente inteligente pode um dia surgir?
De acordo com Harcourt-Smith, a longo prazo (milhões ou bilhões de anos), não se pode fazer apostas. “Nós não sabemos como será o futuro – como outras espécies de mamíferos podem evoluir”, disse ele.
Para que isso aconteça, algum evento cataclísmico teria de fazer com que a população humana decaísse ou sumisse, a fim de limpar o caminho para um concorrente.
Alternativamente, um grupo de humanos pioneiros poderia aventurar-se no espaço e se estabelecer em outro lugar. O novo ambiente faria com que eles se submetessem a uma evolução rápida e, em seguida, cerca de 100.000 anos depois, eles teriam se tornado uma espécie distinta, que ainda poderia interagir com os humanos da Terra.
“A outra possibilidade é através das nossas próprias mãos: engenharia genética. Sabe-se lá o que é possível com isso, mas certamente é possível”, diz.[LiveScience]

13 de janeiro de 2012

Fórmula do Futuro - O que as escolas não ensinam

Quem me acompanha ao longo destes anos "entrelinhas", sabe que tenho uma relação de amizade com meu pai e que desta amizade surgiram livros, dicas e muitos pensamentos de pessoas que enviam materiais para mim e para ele. Na semana passada eu ele conversávamos sobre a fórmula do futuro. Como seria e como podemos ajudar profissionais em início de carreira. Vocês também já sabem que tenho um certo dom de enviar para o mercado profissionais mais preparados, já que tenho uma paciência de JÓ e uma língua louca que não deixa escapar uma novidade para estes novos profissionais. 
Na época d Tv Cultura, muita "foca" passou por mim e saiu um lindo golfinho.

Selecionei abaixo trechos de palestras de pessoas que chegaram lá e que sempre tem uma dica:

Aqui estão alguns conselhos de Bill Gates numa conferência em uma escola secundária sobre 11 coisas que estudantes não aprenderiam na escola. Ele acredita que a "política educacional de vida fácil para as crianças" tem criado uma geração sem conceito da realidade, e como as pessoas falham em suas vidas posteriores à escola. Bill Gates falou por menos de 5 minutos, foi aplaudido por mais de 10 minutos sem parar, agradeceu e foi embora em seu helicóptero...

Regra 1: A vida não é fácil: - acostume-se com isso.
Regra 2: O mundo não está preocupado com a sua auto-estima. O mundo espera que você faça alguma coisa útil por ele ANTES de sentir-se bem com você mesmo.
Regra 3: Você não ganhará R$ 20.000 por mês assim que sair da escola. Você não será vice-presidente de uma empresa, com carro e telefone à disposição, antes que você tenha conseguido comprar seu próprio carro e telefone.
Regra 4: Se você acha seu professor rude, espere até ter um Chefe. Ele não terá pena de você.
Regra 5: Vender jornal velho ou trabalhar durante as férias não está abaixo da sua posição social. Seus avós têm uma palavra diferente para isso: eles chamam de oportunidade.
Regra 6: Se você fracassar, não é culpa de seus pais. Então não lamente seus erros, aprenda com eles.
Regra 7: Antes de você nascer, seus pais não eram tão críticos como agora. Eles só ficaram assim por pagar as suas contas, lavar suas roupas e ouvir você dizer que eles são "ridículos". Então, antes de salvar o planeta para a próxima geração, querendo consertar os erros da geração dos seus pais, tente limpar seu próprio quarto.
Regra 8: Sua escola pode ter eliminado a distinção entre vencedores e perdedores, mas a vida não é assim. Em algumas escolas você não repete mais de ano e tem quantas chances precisar até acertar. Isso não se parece com absolutamente NADA na vida real. Se pisar na bola, está despedido: - RUA!!!!! Faça certo da primeira vez!
Regra 9: A vida não é dividida em semestres. Você não terá sempre os verões livres e é pouco provável que outros empregados o ajudem a cumprir suas tarefas no fim de cada período.
Regra 10: Televisão NÃO é vida real. Na vida real, as pessoas têm que deixar o barzinho ou a boate e ir trabalhar.
Regra 11: Seja legal com os CDFs (aqueles estudantes que os demais julgam que são uns babacas). Existe uma grande probabilidade de você vir a trabalhar PARA um deles.

Dicas de comunicação do filósofo Chris Almeida
1 - Compreenda que cada qual tem seus próprios motivos. Ninguém toma uma atitude do nada. Se alguém fez algo que te ofendeu pergunte-se: "Que outros motivos ele teria para fazer aquilo, se não fosse para me ofender?" Talvez você esteja sentindo que é o "centro do universo" e que todas as atitudes do outro são por sua causa. 
2 - Seja humilde para reconhecer que não é o dono exclusivo da verdade. 
3 - Tome consciência de que será mais bem servido quando souber "qual é de fato a verdade", do que quando quer estar certo em detrimento dos fatos. 
4 - Se estiver tenso ou nervoso, pare de discutir imediatamente. Não é o momento mais apropriado. Ansioso, seu cérebro é semelhante ao de um animal. Seus pensamentos não são claros, nem inteligentes. 
5 - Quando for dizer algo muito importante para outra pessoa, coloque primeiro as idéias no papel. Crie um rascunho. Escrever nos ajuda a criar uma linha de raciocínio mais coerente.

12 de janeiro de 2012

Violência

A origem da palavra violência vem do Latim “volere” que é volição, vontade. Toda força que move um ser, seja mineral, vegetal, animal ou humano, o movem sempre “para algum lugar”, mesmo que esse movimento não chegue a ter expressão física visível, o que dá “direção” a qualquer movimento, são intenções. Até uma forma física expressa uma intenção que é resultado de um movimento das forças de quem a cria, movimento este que chega ao repouso na forma. O mesmo ocorre no crescimento de um corpo onde no caso “o artista” é a natureza criadora que tem uma sabedoria muito mais completa do que a da nossa consciência intelectual moderna.
Poderíamos dizer que a s intenções são o caminho para as coisas, são como a vida, o espírito das coisas. Nos seres humanos também é assim, com a diferença de que as intenções no homem podem ser conscientes ou inconscientes.
Aquilo que normalmente consideramos “nossas intenções” nem sempre o são realmente. Uma intenção para que seja própria, precisa ser gerada e sustentada por motivos a partir do Eu. E o que acontece é que vivemos identificados com muitas coisas que nos dão a ilusão de nós mesmos. Grande parte do tempo vivemos identificados com motivos que não nos movem à partir desse espaço interior onde podemos nos auto determinar. Na maior parte do tempo somos determinados pelo fluxo natural dos fatos e por tudo que vive ao nosso redor, inclusive aquilo que nos influencia à partir da nossa própria fisiologia corpórea, que de certa forma ainda é algo fora de nós, pois o que em mim sou eu mesmo?! Se não caminho para o auto conhecimento, permaneço identificado com tudo que entra no lugar do Eu.
Afinal, tudo que entra em nosso corpo deveria promover, servir as intenções do dono do corpo e não atravancar, aprisionar a intenção sagrada do ser que muitas vezes vive oculta uma vida toda até mesmo do próprio ser. Essa é uma grande questão que envolve a liberdade no mistério da vontade humana. E para compreende-la precisamos considerar o momento diferenciado de consciência que a humanidade vive, que a expõe a tantos impulsos que de certa forma entram no lugar do Eu, pedindo que esse Eu se desenvolva, se estabeleça, se liberte da escravidão, devolvendo o lugar a vontade humana, criando assim a liberdade na terra. Diante de tanta violência, precisamos colocar cada vez mais intenções nas nossas vontades para que outras vontades não tenham poder sobre nós. Essa é uma situação um pouco nova para a humanidade que antes vivia determinada a partir de fora pelas tradições, padrões morais e para que o ser humano pudesse criar o bem a partir de si mesmo, esses padrões, essas tradições tiveram que ruir e o ser terá que “sozinho” separado da vontade do espírito da natureza, isolado na solidão do materialismo, lembrar por si mesmo de sua origem espiritual. Historicamente tudo foi intencionalmente preparado para que o homem chegasse onde ele está hoje. Esse é o palco necessário para o desenvolvimento da liberdade.
O pensar puramente intelectual é um pensar sem vida e o mistério de ressurreição está intimamente ligado ao pensar vivo que cria o novo, mesmo a partir da morte. Vamos precisar de cada um que for despertando para essas questões, para ajudar nessa mudança. A educação precisa ser humanizada pois a violência está entrando no lugar daquilo que precisa e está em tempo de surgir, preencher o homem para que ele venha a ser verdadeiramente homem.
O ser humano hoje está pronto para esse confronto com a violência, ela está aí também para nos dar a oportunidade de despertar a vontade humana para que o homem possa criar o bem a partir da sua livre vontade! Pois vai depender dessa questão da liberdade que o homem continue ou não o ser humano.

11 de janeiro de 2012

Ciúme é sempre uma dor desnecessária


Ciúme é sempre uma dor desnecessária

Ser ciumento não é uma característica de personalidade e sim uma maneira sofrida de ver a vida.

Temos o hábito de aceitar certas maneiras de “ser” ,  pelo simples fato de nos acomodar em sermos algo que não queremos ou não tentamos mudar. Os sentimentos são necessários para sobrevivência, pela segurança, pelo prazer. Sentimentos como ciúme são muito parecidos com a inveja. É um aviso que a mente não está em sintonia. Quando estamos com medo de alguma coisa geralmente ela tem a mesma característica do ciúme e da inveja.
A falta de auto-estima cria um medo terrível de não ser capaz, de perder o outro de ser menos que o outro e então gera esta avalanche de sentimentos desnecessários. Muita gente acredita que um pouco de ciúme é legal para a relação. Dá um certo charme. Mas não acho que seja verdade.
“Sob esse ponto de vista, ciúme pode ser só uma senha que você dá para o outro quando aparece um rival e isso serve para preservar a relação ou pode se transformar num sentimento que corrói, tortura, atormenta”.
Ciúme é um veneno que dia-a-dia consome a alma e as relações. É quase uma relação masoquista. Você sofre e faz o outro sofrer com  visões do nada, com situações forjadas pela sua própria mente. Quando a insegurança é maior que a vontade de crescer e amadurecer, o ciúme é o único alerta capaz de fazer com que sua mente te liberte da falta de vontade de viver consigo mesmo.
O amor incapaz quer prender o outro perto de si numa tentativa inútil de eternizar um sentimento que é necessariamente modificado ao longo da vida.
”Em Paraíso Perdido , o poeta inglês John Milton (1608-1674) tinha razão em situar a inveja como a emoção do diabo, pelo fato de a inveja não ter a mesma finalidade de muitas outras emoções. Ela em geral não nos coloca em estado de alerta, não nos motiva a agir, não nos libera, não nos modifica. Costuma-se dizer que a inveja é a extensão ou degradação do ciúme”.
Os sentimentos de privação , vêem embutidos no medo, na raiva e na dor, como o ciúme e a inveja. Não é possível ser feliz se existe privação. Todas as vezes que nos sentimentos privados de alguma coisa, nos sentimos pressionados e portanto vemos os fatos de quem vê de baixo para cima. Quem vê de baixo para cima não se sente confortável e imediatamente se sente no direito de revidar, destruir, modificar o todo. 
” A escritora americana Nancy Friday , em seu livro Ciúmes (Editora Record), analisa a questão em profundidade e mostra que o ciúme e a inveja tiram o nosso prazer de viver. Vivemos perto da felicidade, mas somos incapazes de usufrui-la. Se você entrar no cofre emocional de outra pessoa que sente inveja, vai descobrir que mesclado com o sentimento de privação existe também o sentimento de impotência”. Daí vem a raiva. Isso pode criar um círculo vicioso: privação, impotência, raiva, inveja...Para que o elo da saúde da relação se torne verdadeiro, é preciso olhar o outro com admiração e transformar estes sentimentos sombrios em energia construtora.

Crédito: Maria Helena Matarazzo é sexóloga e autora de Namorantes, da Editora Mandarim.

 “ Vá aonde seu corpo e a sua alma desejam ir. Não deixem que escolham por você.Quando você sentir que encontrou um caminho, que é por ali,então mantenha-se firme no caminho que você escolheu, e não deixe ninguém desviá-lo dele.” Joseph Campell -  O poder do mito 

10 de janeiro de 2012

Associação Perigosa

Querendo ou não,  a associação com pessoas negativas pode arruinar nossa vida; tudo é uma questão de tempo. É importante ter cautela com o efeito negativo que as pessoas possam vir a exercer sobre a gente.É claro que não estou de modo nenhum sugerindo que você deva se desfazer de todas as pessoas negativas que estão inseridas em seu grupo
de amigos. O que afirmo - e com absoluta segurança - é que associações
negativas se tornam muito perigosas, quando passamos a dar a tais pessoas
uma liberdade capaz de se transformar numa tremenda ameaça ao nosso presente
e ao nosso futuro. Tanto quanto possa, procure gastar a maior parte do seu tempo com pessoas que têm a habilidade de sempre ver a metade do copo cheio, e não a metade
vazia. Pessoas como os quatro cavaleiros do apocalipse estão sempre por perto.
O primeiro deles se chama Ganância, o segundo tem o nome de Desrespeito ao Próximo, o
terceiro atende por Ânsia de Poder, o quarto intitula-se Individualismo. Mas, derrube os cavaleiros de seus cavalos e eles farão parte do pó. Não serão nada além de meros espectadores de suas próprias tragédias.Somos invisíveis porque não nos querem ver. Mas talvez tenha chegado a hora de mostrarmos nossos rostos. Talvez os relógios apontem
para a hora da decisão. Talvez esse seja o minuto da transformação. Políticos corruptos não terão poder se você não votar neles. Empresas depredadoras e desonestas não terão lucros se você não comprar seus produtos. Estranhos profetas não terão domínio se você não acreditar neles. A mídia não terá proventos se você não lhe der créditos.
O poder é seu e a decisão é sua. Talvez esse seja o local e a hora exata de passarmos pela porta da evolução e definitivamente entender que o mal está em não aceitar que é necessário se juntar aos que nos fazem crescer e não aos que nos fazem descer.

Dica da semana: A boca do insensato é a sua própria destruição, e os seus lábios, um laço para a sua alma. Do fruto da boca o coração se farta, do que produzem os lábios se satisfaz.. A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto. Provérbios 18:7,20,21

Frase da semana:
Eu não permitirei que ninguém ande por minha mente com seus pés sujos.
Ghandi

9 de janeiro de 2012

Tento ser gente a cada minuto

Tenho uma vida cheia. Cheia de alegria, cheia de trabalho, cheia de determinação e cheia de sonhos. Como pisciana, vivo achando que sou só espírito. Muita gente me pergunta se é necessário mesmo acordar cedo para aulas de Yoga e meditação. Pois é. Só fazendo meditação é que consigo fazer tantas coisas ao mesmo tempo. Duas coisas me levaram até a Índia, até as escrituras sagradas védicas que iniciaram os estudos do Yoga.  Uma foi a alegria de viver e a outra foi o sentido da doação. Nunca senti falta de uma religião, porque sempre fui religiosa. Sempre acreditei na força da humanidade e na luz que vem do universo. Mas, aquela pergunta sobre o sentido da vida (de onde viemos, para onde vamos, o que estou fazendo aqui?), nunca calou. Na filosofia Vaisnava encontrei a reflexão sobre o controle dos sentidos e a consciência espiritual. O corpo é apenas morada do saber. Dos princípios básicos levamos o desapego. Nada é nosso e nada, a não ser nossa alma, terá um caminho. Não existe perda efetiva, fim e separação. Carro, casa, coisas, pessoas, tudo tem seu lugar e não significa que não são importantes, mas não nos apegamos a respostas. Você já percebeu como temos a tendência de nos apegarmos, até aos problemas? Passamos dias e noites pensando naquela coisa ou naquela pessoa que fez isso ou aquilo. A paciência e a doação nos livram desta aflição. É só pensar que o sentido não está em nada físico, nada que conseguimos pegar e levar para casa.O importante é ser otimista e acreditar que dando o melhor de si para o mundo, para o próximo e para o espírito, encontramos a felicidade. Não existe outro objetivo na vida que não o de buscar a felicidade. Meu pai sempre diz: “O amor não tem ação sobre si mesmo”. Por isso temos que amar fazendo alguma coisa, dedicando tempo e sono para objetivos mais íntegros e serenos. Nesta mística o primeiro é a doação e o segundo a oblação.Quem é espiritualizado já ouviu a palavra oblação que significa oferecer qualquer coisa a deus, portando doando nossa própria energia encurtamos o caminho e não precisamos fazer promessas religiosas por aí . Com um pouco de humildade, diminuímos os desejos desenfreados e construímos desejos mais próximos da nossa realidade. Eu tento todos os dias com a ajuda de meu guru e o amor que emana das pessoas que estão perto, ser gente a cada minuto.
Um beijo na ponta do nariz.

6 de janeiro de 2012

Ajude, entretanto coloque limites para não fazer papel de bobo


Segundo uma nova pesquisa, alguns tipos de personalidade são mais generosos do que outros. Por exemplo, pessoas humildes são mais dispostas a oferecer uma mão amiga do que os arrogantes.
Os pesquisadores explicam que pessoas humildes são mais “pé no chão” do que as pessoas arrogantes, mas isso não significa que elas pensam mal de si mesmas. “Na verdade, ao invés de serem inseguras ou reservadas, pessoas humildes parecem ser caracterizadas por uma visão precisa de si, compreendendo seus pontos fortes e fracos”, disse o pesquisador LaBouff Jordan.
O estudo acrescenta a pesquisas anteriores sobre o lado positivo da humildade. Por exemplo, uma pesquisa descobriu que pessoas humildes se tornam líderes mais eficazes e mais adorados.
No primeiro dos três estudos, 117 participantes indicaram seu nível de humildade e disponibilidade. Eles também completaram um questionário sobre os cinco grandes traços de personalidade, que são cinco atributos básicos que descrevem o espectro da personalidade humana: a abertura (vontade de explorar coisas novas), a consciência (tendência para a autodisciplina), a extroversão (exuberância social), a afabilidade (compaixão e cuidado para com os outros) e neuroticismo (tendência a experimentar emoções negativas).
“O único outro traço de personalidade que tem mostrado qualquer efeito no comportamento de ajuda é a afabilidade, mas descobrimos que a humildade ajuda mais e além”, disse LaBouff.
Pessoas humildes tendiam a dizer que eram úteis e disponíveis a ajudar. Os resultados se mantiveram mesmo quando os pesquisadores contaram com outros fatores de personalidade, como afabilidade, que poderiam impactar a utilidade.
Para certificar-se de que os resultados eram precisos e que os voluntários não exageraram ou esconderam sua humildade, a equipe fez outros testes utilizando uma medida implícita de humildade.
Por exemplo, 90 alunos ouviram uma gravação de um estudante fisicamente machucado que nem sempre conseguia ir as aulas. Em seguida, os participantes ficaram sabendo de que a gravação poderia ser transmitida na estação de rádio campus.
Cada participante indicou quantas horas durante as próximas três semanas estaria disposto a reunir-se com o estudante para ajudá-lo. Aqueles que pontuaram mais alto na humildade ofereceram mais tempo para ajudar do que os alunos menos humildes.
Em seguida, 103 participantes completaram relatórios “implícitos” de humildade. Por exemplo, os estudantes tinham de associar o mais rapidamente possível certos traços a si mesmos, com características humildes (humilde, modesto, tolerante, pé no chão, respeitoso, mente aberta) e palavras associadas com arrogância (arrogante, desonesto, egoísta, vaidoso) envolvidas na lista.
Novamente, os pesquisadores descobriram que mais humildade estava ligada a mais comportamentos de ajuda. “Há várias razões pelas quais a humildade pode levar a um comportamento mais útil”, disse LaBouff. “Um aspecto da humildade é autofoco relativamente baixo. Pessoas humildes podem ter mais tempo, recursos e atenção voltados a quem necessita”, explica.
Os pesquisadores também estão interessados em descobrir como cultivar a humildade. “Se conseguirmos aumentar a humildade, seja a curto ou longo prazo, poderemos ser capazes de aumentar os comportamentos pró-sociais”, disse LaBouff.
Além disso, os cientistas querem saber, no futuro, se a humildade é benéfica em outros contextos, tais como avanços médicos e científicos ou desenvolvimento de liderança.[LiveScience]

1 de janeiro de 2012

Existem muitas situações que fazem o coaching falhar



Outro dia li um artigo publicado em uma revista americana que trazia casos de coaching malsucedidos. Empresas admitiam que alguns de seus executivos saíram do processo piores do que entraram. Mas, afinal, se o coaching é uma ferramenta tão poderosa de gestão de pessoas, como isso pode acontecer?
A resposta é simples. Nos últimos anos, com o crescimento da oferta da atividade no país, houve uma banalização do uso do coaching no mercado e, com isso, muitas vezes não se tem clareza sobre quais são as situações em que esse mecanismo deve ser mesmo aplicado.
Vale ressaltar que qualquer processo de desenvolvimento humano nas organizações, se malconduzido, certamente não atenderá as expectativas e gerará frustração tanto para o indivíduo como para a empresa. Com o coaching, não é diferente.
Muitos aventureiros que surfam a onda da moda vendem o coaching como a solução milagreira para todos os problemas de recursos humanos, mas não é bem assim. As áreas de gestão de pessoas precisam conhecer a fundo a essência desse processo para entender que há situações em que o coaching simplesmente não é a melhor alternativa.
Uma delas é quando a organização aplica o processo como se fosse uma ferramenta de avaliação de desempenho de um executivo. Já tive alguns embates com clientes que queriam aplicar a ferramenta com esse objetivo e, obviamente, os convenci de que existiam outros mecanismos mais adequados para este fim. O coaching visa um objetivo específico de melhoria de desempenho e, definitivamente, não deve ser entendido com a finalidade de avaliar profissionais.
Também acompanhei casos de profissionais que não acreditavam no processo e aceitaram participar apenas porque a companhia estava pagando. A questão fundamental é: se não houver comprometimento e dedicação por parte do indivíduo, os resultados esperados não serão atingidos. Cabe à organização, primeiramente, mostrar a esse colaborador os benefícios do coaching para o seu desenvolvimento e fazê-lo se sentir confortável e empenhado a entrar nesse barco.
O profissional precisa estar aberto para receber feedbacks, admitir suas vulnerabilidades, identificar pontos de melhoria e, o mais difícil, sair da sua zona de conforto. Se o coach que conduziu o processo foi competente, criou uma relação de confiança. Mesmo que o executivo não tenha sido um “aluno nota 10″, o trabalho não será em vão e o coachee certamente vai tirar dali algumas lições. Mas garanto que ficará longe do resultado que poderia ser conseguido se ele tomasse as rédeas do processo e se prontificasse verdadeiramente a mudar.
Outra situação recorrente é quando as empresas contratam o coaching como “última salvação” para um profissional que já está prestes a ser demitido da companhia. É um erro grave colocar essa responsabilidade nas mãos do coach. O processo não faz mágica! Além disso, nessas situações, na maior parte das vezes a decisão já está tomada e o coaching será utilizado apenas para justificar a demissão do executivo.
Ressaltaria também os casos em que o problema está na empresa e não no indivíduo. Primeiramente se deve resolver o conflito organizacional, como definição de funções ou até mesmo revisão da sua missão e estratégia. Depois, se for adequado, aplicar o coaching.
O mesmo serve para quando uma companhia está prestes a promover grandes mudanças internas: sugiro fazer esse processo após as definições para que o direcionamento do coaching seja mais adequado.
O coaching executivo é, de fato, uma ferramenta fantástica de melhoria de desempenho de pessoas e organizações, um fenômeno capaz de conectar as necessidades individuais às necessidades profissionais e promover grandes mudanças. Mas, se ele não for conduzido de maneira correta, executivos e empresas podem sofrer danos irreparáveis.
É preciso haver uma séria reflexão tanto por parte da empresa contratante quanto do profissional que passará pelo processo para definir se esta é mesmo a melhor alternativa para atender àquela demanda específica e gerar valor.
Vicky Bloch é professora da FGV, do MBA de recursos humanos da FIA e fundadora da Vicky Bloch Associados