28 de março de 2013


A Única Habilidade Matemática que Você Precisa para Fazer Sucesso

De acordo com um novo estudo da Universidade de Missouri (EUA), a chave para melhorar a força de trabalho do mercado atual pode estar nas aulas de matemática das escolas de ensino fundamental.
David Geary, principal autor do estudo, explica que a falta de uma habilidade matemática específica ensinada na primeira série está correlacionada com baixo desempenho em uma prova de matemática da sétima série, usada para determinar a empregabilidade e os salários em adultos.

O Estudo

A pesquisa fez uma conexão entre psicologia infantil e economia do trabalho, a fim de examinar as raízes da escassez de trabalhadores matematicamente proficientes nos EUA – dados nacionais apontam que um em cada cinco adultos americanos não tem a competência matemática esperada de um aluno do oitavo ano.
180 estudantes com 13 anos de idade participaram do estudo. Eles haviam sido avaliados quanto à memória, inteligência, cognição matemática, atenção e realizações profissionais por todos os anos desde o jardim de infância. Todos esses fatores foram controlados na análise das pontuações nos testes de empregabilidade administrados na sétima série. Diferenças demográficas também foram contabilizadas.
Os pesquisadores identificaram a habilidade matemática conhecida como “conhecimento do sistema numérico”, que é a capacidade de conceituar um numeral como um símbolo para uma quantidade e entender as relações sistemáticas entre números, como fundamental na carreira profissional futura.
Existem diversos sistemas de numeração. Por exemplo, para crianças mais novas, é comum o ensino do sistema de numeração decimal, através de atividades focadas em comparar números, registrar quantidades ou realizar operações com o número 10. Uma forma de analisar esse conhecimento em alunos da 1ª a 3ª série, por exemplo, seria usar frases para que eles completem com números usando raciocínio, como “Hoje é segunda-feira e Lucas vai ganhar um presente daqui a ____ dias, na sexta-feira desta semana”.
Segundo os cientistas, ter este conhecimento no início do primeiro grau previu a melhor capacidade funcional matemática na adolescência.
Já a habilidade de resolver problemas de matemática não se correlacionou com a capacidade dos alunos mais tarde. Os alunos que começaram atrás nesta habilidade foram capazes de alcançar os mais avançados, enquanto que os alunos que estavam atrás no conhecimento do sistema numérico continuaram atrás de seus colegas.
Geary explica que um déficit de conhecimento do sistema numérico no início da aprendizagem cria uma base fraca para a aprendizagem posterior, o que pode levar a uma vida toda de problemas, não se limitando apenas a oportunidades de emprego reduzidas.
“Má compreensão de conceitos matemáticos pode tornar uma pessoa presa fácil para credores predatórios”,disse Geary. “Alfabetização numérica também contribui com a poupança em grandes compras e gestão de hipotecas e cartões de crédito, por exemplo”.
Os pesquisadores acreditam que programas de intervenção destinados a superar essa deficiência matemática precoce podem ajudar os alunos a conseguirem melhores empregos mais tarde, bem como fazer escolhas econômicas mais sábias e melhorar a força de trabalho futura geral dos EUA.
“Isolamos uma habilidade específica que tem importância real na empregabilidade e observamos como essa habilidade se relacionava ao grau de desempenho matemático da escola”, disse Geary. “Ao identificar essa habilidade numérica específica, podemos concentrar os esforços de educação em ajudar os estudantes com deficiência já na pré-escola e, assim, dar-lhes uma melhor chance de sucesso da carreira na vida adulta”.[LiveScience, ScienceDaily, RevistaEscola]

27 de março de 2013


A raiva. Distúrbio ou descontrole?

Recentemente, foi descoberto um distúrbio mental que faz com que a pessoa adote um comportamento violento juntamente com agressividade verbal. Parece comum para você? Isso levantou um questionamento na comunidade científica: como sabemos que algo está fora do normal quando os sintomas do possível distúrbio são muito parecidos com o nosso comportamento usual?
O Distúrbio Intermitente Explosivo (IED) foi primeiramente diagnosticado em 1980 e é caracterizado por uma reação extremada a situações estressantes. Agora os cientistas procuram especificar seus sintomas para diferenciar a doença de “uma raivinha cotidiana”.
Segundo cientistas da Universidade de Chicago é possível que essa agressividade toda esteja “no sangue” e que o IED seja uma doença genética. Não há nenhuma estimativa de quantas pessoas possuam IED – mas acredita-se que essa doença seja muito comum.
Em 2004, um estudo feito com residentes de hospitais em Baltimore (Estados Unidos) estimou que 4% das pessoas desenvolve IED durante algum período de suas vidas. Mas segundo um estudo de 2006, publicado nos Arquivos de Psiquiatria Geral dos EUA, esse número é de 7.3% dos adultos.
Mas como um estudo estima que o dobro das pessoas que o outro estudo indicou possuam IED? É possível que seja devido aos critérios para definir a doença. Os sintomas usados para fazer o diagnóstico, até hoje, não são claros: eles não diferenciam a freqüência dos ataques de raiva e nem sua intensidade.
Segundo Emil Coccaro, professor de psiquiatria da Universidade de Chicago, o critério para definir que uma pessoa sofre com IED deve ser que ela tenha tido, no mínimo, três episódios de agressividade contra objetos ou pessoas em um ano e, além disso, com um nível de violência que seja fora de proporção. De acordo com o mesmo médico a definição atual da doença deixa margem para que pessoas que tenham tido apenas três ataques de raiva durante toda sua vida sejam diagnosticadas com IED.
Além disso, para um diagnóstico correto, o médico deve ter certeza que os ataques de raiva não estariam relacionados a outros distúrbios, como esquizofrenia, por exemplo. [Life's Little Mysteries]

A culpa é sempre da janela?

“Não vemos as coisas como elas são. Vemos como nós somos.” - Anais Nin

Há algumas décadas, cientistas afirmaram que a noite é escura porque o universo é muito jovem e as luzes que existem na imensidão das galáxias ainda não atingiram distâncias tão longínquas.
Se a luz do universo ainda não iluminou o céu, o que dizer então, da atual era jurássica das redes sociais virtuais? O mais estranho nas pesquisas que mostram o efeito negativo das postagens nesse universo virtual, que despertam sensações ruins como ciúmes e inveja.
Tudo que se transforma em meio de comunicação de massa ganha adeptos e muitos críticos. Os aspectos negativos e positivos são julgamentos automáticos, pois os analistas de mídia social não são monges tibetanos e portanto, se as redes despertam infelicidade, ela está nos olhos de quem vê, enraizada na mente que projeta e interpreta dessa forma as postagens na rede. Uma profecia que se cumpre por si, pois essa é a expectativa.
Numa rede social, o ponto forte é a interação.  Porém, a maioria ainda acha que interagir é postar para obter a maior quantidade de “curtir” e “compartilhar”, ignorando opiniões, críticas e comentários contrários. Insistem na mão única e em nome do pseudo-marketing pessoal, que fatalmente leva ao esgotamento físico e mental, além da ansiedade e sensação de perda, muito maior que a compensação que se busca passando horas valiosas sem fazer algo relevante.
Apesar dos arautos do apocalipse que insistem em buscar indícios sobre o fim dos tempos, a verdade é que o mundo ainda é muito jovem para entender sua própria natureza. E a total falta de sensatez em muito do que é visto nas redes é apenas a continuação daquela velha opinião sobre os efeitos nocivos da televisão, como opção para iletrados.
Assim, a culpa continua sendo da janela, que deixa as pessoas vendo a realidade, sem dar dicas, seguindo a sábia afirmação do Chacrinha: “Vim para confundir e não para explicar.”