Motivação
“Merecem louvor os homens que em si mesmos
encontraram o im- pulso, e subiram nos seus próprios ombros” (Séneca)
Motivação (do Latim movere,
mover) designa em psicologia, em etologia e em outras ciências humanas a
condição do organismo que influencia a direção (orientação para um objetivo) do
comportamento. Em outras palavras é o impulso interno que leva à ação. Assim a
principal questão da psicologia da motivação é "por que o indivíduo se
comporta da maneira como ele o faz?"
O estudo da motivação comporta
a busca de princípios (gerais) que nos auxiliem a compreender, por que seres
humanos e animais em determinadas situações específicas escolhem, iniciam e
mantém determinadas ações.
Motivação se refere ao
direcionamento momentâneo do pensamento, da atenção, da ação a um objetivo
visto pelo indivíduo como positivo. Esse direcionamento ativa o comportamento e
engloba conceitos tão diversos como anseio, desejo, vontade, esforço, sonho,
esperança entre outros.
Pode ser analisada a partir de
duas perspectivas diferentes: como impulso e como atração. Ver o processo
motivacional como impulso significa dizer que instintos e pulsões são a força
propulsora da ação. Assim necessidades internas geram no indivíduo uma tensão
que exige ser resolvida. Exemplo desse tipo de motivação é a fome: a
necessidade de alimento gera a fome que exige uma resolução através do comer.
Apesar de importantes teorias
da motivação, como a de Freud e a de Hull,
basearem-se nessa perspectiva e de ela explicar muitos fenômenos do
comportamento, suas limitações são patentes: a fome em si, para manter-se o
exemplo, não determina se o indivíduo vai escolher comer arroz com feijão ou
lasanha; outras forças estão em jogo aí: o ambiente. E outras formas de
comportamento mais complexas, como o jejum ou ainda o desejo de aprender, entre
tantos outros, não se deixam explicar simplesmente pela resolução de tensões
internas. No caso do aprendizado, por exemplo, o objetivo se encontra num
estado futuro, em que o indivíduo possui determinado saber. Esse estado final
como que atrai o indivíduo - a motivação como atração, como força que puxa,
atrai. Não se pode negar que ambas as perspectivas se complementam e ajudam a explicar
a complexidade do comportamento humano; no entanto, devido às suas limitações no esclarecer comportamentos mais complexos, grande parte da pesquisa
científica atual se desenvolve no âmbito da motivação como atração.
Uma compreensão da motivação
como força atratora não pode deixar de levar em conta as preferências
individuais, uma vez que diferentes pessoas vêm diferentes objetivos como mais
ou menos desejáveis. Um mesmo objetivo pode ser buscado por diferentes pessoas
por diferentes razões: uma deseja mostrar seu desempenho, outra anseia ter
influência sobre outras pessoas (poder), etc. A essas preferências
relativamente estáveis no tempo dá-se o nome de motivos.
Existe outra abordagem que foi
desenvolvida como uma reação ao comportamentalismo e à psicanálise freudiana, a
humanística. Estas teorias não explicariam adequadamente as motivações dos
comportamentos. Os humanistas, como Carl Rogers e Abraham Maslow enfatizam
então fontes intrínsecas de motivação, como as necessidades de “auto-realização”,
a “tendência realizadora” inata ou a “necessidade de autodeterminação”. Em
comum, estas diferentes explicações têm a crença de que as pessoas são
continuamente motivadas pela necessidade inata de realizar os seus potenciais.
Outra abordagem em que a
motivação intrínseca terá mais importância é a cognitivista. Os cognitivistas
acham que o comportamento é determinado pelo nosso pensamento, e não apenas
pelas recompensas que tenhamos eventualmente recebido. As pessoas reagem às suas
próprias interpretações dos eventos externos, em vez de reagirem aos eventos em
si. Assim são fatores internos que determinam o nosso comportamento.
O que as abordagens
apresentadas aqui demonstram é que todas partem
das necessidades humanas. Todas estão voltadas à satisfação de desejos
tangíveis ou intangíveis que completam o ser humano desde o que ele deseja internamente para
como externa tais desejos.
Como Coaches, o importante é
buscar no Coachee quais são exatamente estes pontos de motivação e utilizá-los
como ponto de partida para o objetivo e a realização. Lembre-se que todo
processo de Coaching tem como foco resultados. E para se obter resultado é
preciso motivação. É preciso descobrir no Coachee aquilo que o move para a ação
e que, automaticamente, o levará a alcançar resultados.
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